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Em artigo de opinião publicado no jornal Valor Econômico, Giuliano Contento de Oliveira, professor livre-docente do Instituto de Economia da Unicamp, analisa as limitações das identidades contábeis para a compreensão integral da dinâmica macroeconômica. O docente argumenta que a expansão da dívida pública, embora gere automaticamente um ativo financeiro privado no registro contábil imediato, depende de validação intertemporal para se converter em riqueza efetiva.

O texto destaca que o investimento público desempenha função dupla na economia: atua como fonte de demanda no presente e como expansão da capacidade produtiva no futuro. Segundo Oliveira, a sustentabilidade da política fiscal não reside apenas no tamanho do déficit, mas na capacidade do gasto público de impulsionar a produtividade e a renda em ritmo superior ao custo de financiamento da dívida.

O professor alerta que, em regimes de juros estruturalmente elevados como o brasileiro, a validação macrofinanceira do investimento torna-se permanentemente questionada pelos mercados. Tal cenário, regido pela lógica da dominância financeira, acaba por converter o investimento público em variável de ajuste, limitando seu papel como instrumento central de desenvolvimento econômico.

 

Artigo completo: https://valor.globo.com/opiniao/coluna/a-macroeconomia-para-alem-da-contabilidade.ghtml