MÍDIA

 

Carros chineses deixaram de ser uma exceção nas ruas brasileiras. Marcas como BYD, Chery, GWM e JAC já figuram entre as mais vendidas do país e ajudam a compor um cenário de profunda transformação na indústria automotiva global. Em reportagem publicada pelo portal Metrópoles, o professor Antônio Carlos Diegues, do Instituto de Economia da Unicamp e coordenador do NEIT (Núcleo de Economia Industrial e da Tecnologia), explica por que a presença da China no setor deixou de ser tendência e passou a ser realidade consolidada.

A reportagem parte de um dado concreto: o salto exponencial na produção e exportação de veículos chineses, especialmente os chamados New Energy Vehicles (NEVs), que utilizam fontes alternativas aos combustíveis fósseis. Com apoio maciço do Estado chinês, capacidade tecnológica acumulada e um mercado interno de escala colossal, o país asiático ultrapassou barreiras históricas e se posicionou na vanguarda da transição energética no setor.

Diegues aponta que o êxito chinês resulta da convergência de três fatores centrais: um modelo industrial apoiado por políticas públicas consistentes, o uso estratégico das joint ventures como mecanismo de aprendizado tecnológico, e a intensa competição interna entre empresas – inclusive estatais –, o que acelerou os ciclos de inovação. “Eles souberam aproveitar uma mudança de paradigma. Nos elétricos, o mercado ainda não estava consolidado. A China entrou com capacidade inovativa acumulada, e isso fez toda a diferença”, avalia o pesquisador.

 

Leia a notícia: https://www.metropoles.com/negocios/o-dragao-acelera-o-que-explica-invasao-chinesa-no-mercado-automotivo