O questionário foi respondido por 916 respondentes, sendo 906, válidas, indagava sobre a) ao trabalho que realizam; b) ao segmento, setor e categoria que pertencem; c) as condições ergonómicas, têcnicas, de equipamento para a realização do trabalho remoto/home office; d) dificuldades e facilidades da modalidade em questão; e) alteração de jornada de trabalho, salário e contrato durante .a pandemia; f) experiência do trabalho remoto/home office durante a pandemia.
Na parte 1 foram sistematizados os dados gerais de todos os participantes, pois responderam trabalhadores de diversos setores econômicos, ocupações e modalidades contratuais uma vez que o único critério era o de trabalhar remotamente no contexto da pandemia. Foram sistematizados e analisados os dados gerais da pesquisa que podem ser acessados no site da REMIR (https://www.eco.unicamp.br/remir/).
Na segunda parte, os pesquisadores deram sequência na análise, reorganizando as informações a partir de recortes específicos, em razão dos perfis dos respondentes. Desse modo, foram organizados três novos bancos de dados e cada um deles, com um relatório contemplando o recorte selecionado, expostos e organizados na forma de capítulos, como seguem.
O Capítulo 1, intitulado “O trabalho docente e o setor educacional”, as autoras Fernanda Landolfi e Maia Kelen Aparecida Bernardo se debruçam sobre os dados dos trabahadores da educação, professores em sua maioria, que expressaram suas condições de trabalho em atividades remotas, com modalidades de aula tipo EAD e as dificuldades enfrentadas pela categoria.
O capítulo 2, denominado “ Trabalho remoto no Contexto da Pandemia Covid-19 no setor público e privado”, de autoria de Fernanda Ribas Bohler, Kelen Aparecida da Silva Bernardo, Mariana Bettega Braunert e Zélia Freiberger, sisetmatizam e analisam os dados referentes ao setor público, identificando o perfil dos respondentes, modalidades contratuais e condições de trabalho dos trabalhadores respondentes. Na segunda parte, as autoras estabelecem algumas comparações com os respondentes do setor privado, que permitiu identificar semelhanças nas condições em ambos setores.
No capítulo 3, intitulado “O trabalho remoto e as condições das mulheres no contexto da pandemia COVID-19”, Alexandre Pilan Zanoni, Giovana Uehara Bezerra e Maria Aparecida Bridi, atentaram para os dados referentes às mulheres, maioria respondentes da pesquisa, e as condições gerais de adaptação de trabalhadores e trabalhadoras no que toca à transição para a modalidade remota em razão da pandemia.
Os resultados demonstram as diferenças para mulheres e homens em trabalho remoto. A opção metodológica em trazer dados referentes aos dois sexos, mulheres e homens, permitiu a realizam de compararativos entre os dois sexos.