Edda Ribeiro | Isto É Dinheiro

 

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu baixar a Selic, taxa básica de juros da economia brasileira, a 13,25% ao ano. A decisão, dada nesta quarta-feira, 2, vem em conformidade com a projeção do mercado financeiro e desejo de longa data do governo Lula (PT), crítico do alto patamar de juros no país. Mas o que isso representa?

Embora parte dos analistas do mercado financeiro parabenizem a política de Roberto Campos Neto, diretor do Banco Central, vale alertar que o cenário de queda da inflação, com redução do ritmo de aumento dos preços, não é necessariamente fruto da matemática mais conservadora da instituição monetária.

Marco Rocha, economista e professor do Instituto de Economia da Unicamp, entende que a política monetária foi bastante errática até então. Um levantamento do MoneYou mostra que o Brasil ainda lidera em taxa de juros de altas no mundo, ficando atrás da Argentina.

“Passamos por um afrouxamento demasiado da política monetária em 2020, que teve efeito sob a volatilidade da taxa de câmbio, e isso foi seguido de um dos maiores apertos monetários na história econômica do Brasil, o que gerou uma taxa de juros para conter essa volatilidade cambial extremamente elevada, e que se prolongou por muito tempo numa espécie de cabo de guerra para provar sua independência em relação ao governo”, explica o professor.

 

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