MÍDIA

 

Bruna Correia | IG

 

Promessa de campanha do presidente Lula (PT), o "Desenrola Brasil", programa de renegociação de dívidas, começou há exatamente um mês, em 17 de julho. Na primeira fase, os endividados começaram a negociar débitos com bancos e instituições financeiras. Ao todo, cerca de 5 milhões de brasileiros - que tinham dívidas de até R$ 100 - limparam seus nomes.

A primeira faixa do Desenrola Brasil inclui pessoas com renda mensal de até R$ 20 mil que tenham dívidas bancárias inscritas até 31 de dezembro de 2022 que continuam ativas. Em setembro, na segunda fase, está prevista a negociação com lojas e varejistas.

"Esse nível de endividamento das famílias vem em decorrência de um cenário conjuntural muito específico que é uma pandemia, além de uma pressão inflacionária por causa de um conflito internacional. Tudo isso contribui para esse cenário de estagnação econômica”, defende Marco Antonio Rocha, professor do Instituto de Economia da Unicamp.

“ O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no curto prazo depende diretamente do consumo das famílias, então uma retomada, um aumento do crescimento do curto prazo, tem que passar por uma certa recuperação da capacidade de consumo. E aí entra a preocupação do governo em criar o Desenrola”, complementa o professor.

“Para o programa não ser apenas um processo de renegociação de dívida e de redução do nível de endividamento, é importante que exista um crescimento da massa salarial e da geração de empregos. Isso é fundamental para que essas famílias que uma vez tendo renegociado suas dívidas, possam ter renda suficiente para não cair novamente no endividamento. Para isso é preciso crescimento econômico”, finaliza o professor.

 

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