Ricardo Carneiro | Na Carta Capital

O papel do Estado no desenvolvimento econômico brasileiro e, mais recentemente, na eventual retomada do crescimento, tem se constituído em assunto polêmico. Discuti-lo como base em evidências históricas mais amplas é um bom caminho para evitar as armadilhas ideológicas. Qual papel o setor público desempenhou na história econômica brasileira contemporânea, mormente no pós-guerra? E no ensaio desenvolvimentista recente, do segundo governo Lula e do primeiro mandato de Dilma Rousseff? Neste último período, a sua ação pode ser caracterizada como positiva ou ao contrário, contraproducente ou ainda insuficiente?

O paradigma do qual se parte para analisar o papel do Estado destaca de um lado a sua importância direta na formação da demanda agregada e de outro, a sua relevância indireta, por meio da indução do gasto privado, sobretudo do investimento.

O tipo de atividade que cumpre esses dois papéis essenciais, ou seja, geração de demanda agregada e de externalidades (crowding in) para o setor privado é por excelência o investimento público, tanto aquele da administração pública, quanto, primordialmente, o das empresas estatais. Isto posto, examinamos a trajetória do investimento público lato sensu, desde os anos 1950, destacando não só o seu aspecto quantitativo, mas suas características.

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