Antônio Carlos Diegues, José Eduardo Roselino, Marcos Barbieri Ferreira e Renato Garcia | Carta Capital

 

A edição de 14 de janeiro de 2022 da revista The Economist trouxe um conjunto de matérias especiais sobre o movimento de retomada da política industrial no mundo. Essa tendência é impulsionada por quatro grandes vetores de perturbação da estrutura econômica internacional: (i) a crise de 2008, (ii) a revolução produtiva em direção à Indústria 4.0 e à sustentabilidade, (iii) o acirramento da guerra tecnológica entre China e EUA (iv) e, mais recentemente, as fragilidades das cadeias globais de valor desnudadas a partir da crise pandêmica.

O ressurgimento do debate e a intensificação da concorrência entre as principais economias do mundo reverberam no cenário político e acadêmico internacional, inclusive em instituições tradicionalmente avessas ao tema, como o FMI. É nesse contexto que se insere o documento publicado em 2019 por economistas da instituição denominado “The return of the policy that shall not be named” (que pode ser traduzido como “O retorno da política cujo nome não deve ser dito”). Ou seja, tal qual sugeria o professor de Harvard Dani Rodrik já em 2008 e, portanto, há mais de uma década, o tema da política industrial parece ter superado o contraproducente embate histórico sobre sua necessidade ou não. Isso ao menos no restante do mundo, porque também nessa frente o Brasil está atrasado. Em síntese, em suas palavras a abordagem do tema poderia ser sintetizada na frase “Industrial policy: don´t ask why, ask how” (algo como “Política industrial, não pergunte por que, pergunte como”).

 

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