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Sexta-feira (15/08)
9H - 12H
Auditório Zeferino Vaz
Descrição:
A mesa propõe uma reflexão crítica sobre os impasses enfrentados pelos projetos da esquerda institucional diante da crise política e social do neoliberalismo. Com o agravamento da degradação das condições de vida em múltiplas esferas, evidencia-se uma contradição: a urgência de transformação social esbarra na dificuldade de organização orgânica e construção de um horizonte político unificado. O debate parte da realidade de centros de pesquisa e movimentos engajados — como o próprio instituto — que ainda que adotem abordagens críticas, enfrentam obstáculos para atuar de forma efetiva em um cenário conturbado, marcado pela ausência de hegemonias consolidadas e pela escassez de soluções claras. Nesse contexto, busca-se compreender as especificidades do caso brasileiro e discutir a viabilidade da formulação de uma gramática comum, capaz de articular lutas diversas a partir de seus pontos de convergência e de tensão.
Convidados:
Ronaldo Tadeu Souza: Doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (USP), com estágio de pós-doutorado na mesma instituição, integra o Grupo de Pesquisa “Soberania Popular em Perspectiva Histórica” (CNPq-USP). É, ainda, pesquisador do Núcleo de Teoria e Pensamento Político do Centro de Estudos de Cultura Contemporânea (Cedec), editor-responsável do Boletim Lua Nova/Cedec e coordenador acadêmico do Grupo de Pesquisa “Política e Pensamento Crítico” da USP. Atualmente, leciona Ciência Política no Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Carlos (DCSo/UFSCar) e coordena projetos dedicados ao estudo do pensamento político conservador no século XX. Sua linha de pesquisa centra-se na teoria política, com ênfase em epistemologia e história da teoria política, teoria crítica, pensamento social brasileiro e marxismo.
Douglas Rodrigues de Barros: Psicanalista e doutor em Ética e Filosofia Política pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). É professor pesquisador do Caliban – Laboratório de Experiências Coloniais Comparadas do Instituto de História da Universidade Federal Fluminense (IHT/UFF) e docente do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UNIFAI. Integra o ÍMPAR – Laboratório de Estudos Críticos da Família da Universidade de São Paulo (USP) e ministra teoria freudo-lacaniana no Instituto D’alma. Autor de “Lugar de negro, lugar de branco? Esboço para uma crítica à metafísica racial”, suas pesquisas concentram-se em ética, subjetividade, formação, estética e filosofia política. Seu trabalho enfatiza a interseção entre a filosofia alemã e a teoria psicanalítica e o pensamento diaspórico de matriz africana, investigando suas contribuições para a arte, a subjetividade e a política.
Bruno Belém: É psicanalista e pós-graduando em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), além de estudante de certificação no The New Centre for Research and Practice. Seus interesses de pesquisa abarcam a auto-organização de sistemas complexos e multiescalares, a obsolescência e a espetacularização da política, e a teoria da linguagem. Organizador de colóquios internacionais — entre eles “O Esgotamento da Teoria Crítica” na FFLCH-USP —, dedica-se à reflexão crítica sobre teoria social, cultura e subjetividade, articulando perspectivas psicanalíticas e filosóficas contemporâneas.
